quinta-feira, 13 de dezembro de 2012





Quão egoísta seria se eu discasse teu numero agora? Eu sei que eu nunca poderia fazer uma coisa pior do que te procurar agora, principalmente, porque você está feliz, seja lá fazendo o que, mas simplesmente por estar longe de mim. Eu não teria a menor consideração por você se eu apertasse a sequencia de malditos números decorados, seguido do botão verde. Me vem a cabeça, porque eu ainda sei teu numero, Loucura. Isso passa pela minha cabeça, porque eu sei que você sem sequer pensar, aceleraria o carro, chegaria em tempo recorde na porta da minha casa cantando pneu, eu sorriria, - Você não mudou comigo, eu te conheço bem. Como eu poderia ser tão baixa a ponto de deixar teu coração sangrando de novo, depois de tanto tempo necessário pra estancar esse sangue. Mas tirando todo pensamento real sobre tão injusta eu sou, não dá pra esquecer, de como você me ouviria, me abraçaria, e não iria embora até eu já me sentir incomodada com a tua presença e praticamente te mandar ir pra casa da tua namorada aos gritos. Você me ligaria, ligaria, ligaria, até eu continuar sendo uma canalha sem igual, recusando todas, deixando tocar até você ouvir a caixa postal e ainda assim não desistir e ligar. Eu sentiria você estremecer ao me abraçar, e ainda mais nítido, quando sua mão num movimento preciso, tremendo ao mexer numa mecha de cabelo meu. Eu mexo com você. Eu toquei teu coração, toquei fundo... E a pouco tempo atrás eu não me importava em fincar minhas unhas, puxá-lo pra mim, até eu me sentir curada, até a carência ir embora, e deixa-lo em qualquer canto ou no meio de algum lugar sangrando, sangrando forte. Eu fui e seria aquele tipo que eu odeio. Hoje, eu penso e escrevo, porque, por mais que você seja a escolha certa, eu não escolho você. Mas eu te amo pelo quão melhor você é, comparado a mim.


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