domingo, 2 de setembro de 2012




E ele disse assim, ‘quando é que você vai voltar pra casa?’ a circulação toda do meu corpo parou. Meu coração contraiu, apertou, quase sumiu dentro da minha caixa torácica. Minha garganta doeu, era como se eu tivesse engasgado com as palavras dele. Logo, estilhacei-me toda, chorei intensamente, lagrimas, muitas lágrimas por dentro, que rasgavam, pois aquela mania de orgulho e ser forte, me consumiram e os olhos só lacrimejaram por fora, engoli seco, e nenhuma lágrima covarde foi capaz de rolar. Senti uma vontade gigantesca de ficar, de correr para abraça-lo, pra que naqueles braços, pudesse aconchegar meus pedaços que foram inevitavelmente estilhaçados, por aquela voz. Como se ele tivesse o incrível dom de me construir e me fazer perfeita novamente. Mas não olhei pra trás, ele não teve a chance de, talvez, supor o que acontecia por dentro de mim, através dos meus olhos. Algo ardeu em mim, meus passos não estavam firmes, mas eu fiz com que estivessem, ninguém além de mim pode perceber a fraqueza de cada passo. Então eu continuei... caminhei, talvez durante horas, talvez eu tenha esquecido que devia ir descansar. Aquelas palavras ecoaram no meu pensamento o tempo todo. E ecoa ate agora, e a impressão que tenho é de que nunca sairá. “quando é que você vai voltar pra casa?”. Eu te amo, é tudo que eu consigo pensar em responder, eu te amo, e sinto sua falta, a cada fração de segundo que se passa, meu irmão.


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