E ele disse assim, ‘quando
é que você vai voltar pra casa?’ a circulação toda do meu corpo parou. Meu
coração contraiu, apertou, quase sumiu dentro da minha caixa torácica. Minha
garganta doeu, era como se eu tivesse engasgado com as palavras dele. Logo, estilhacei-me
toda, chorei intensamente, lagrimas, muitas lágrimas por dentro, que rasgavam, pois
aquela mania de orgulho e ser forte, me consumiram e os olhos só lacrimejaram
por fora, engoli seco, e nenhuma lágrima covarde foi capaz de rolar. Senti uma
vontade gigantesca de ficar, de correr para abraça-lo, pra que naqueles braços,
pudesse aconchegar meus pedaços que foram inevitavelmente estilhaçados, por
aquela voz. Como se ele tivesse o incrível dom de me construir e me fazer
perfeita novamente. Mas não olhei pra trás, ele não teve a chance de, talvez,
supor o que acontecia por dentro de mim, através dos meus olhos. Algo ardeu em
mim, meus passos não estavam firmes, mas eu fiz com que estivessem, ninguém
além de mim pode perceber a fraqueza de cada passo. Então eu continuei...
caminhei, talvez durante horas, talvez eu tenha esquecido que devia ir
descansar. Aquelas palavras ecoaram no meu pensamento o tempo todo. E ecoa ate
agora, e a impressão que tenho é de que nunca sairá. “quando é que você vai
voltar pra casa?”. Eu te amo, é tudo que eu consigo pensar em responder, eu te
amo, e sinto sua falta, a cada fração de segundo que se passa, meu irmão.
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