Fecha os olhos e não pensa, não, não pensa. Não pensa! Tenta não lembrar, não lembrar de tudo, de nada. Tranca no fundo da alma, as palavras ditas. Esquece, deixa o tempo levar as palavras gritadas, sussurradas, a doce voz em toda e qualquer situação. Para, para de escrever, esqueça também as cartas, ah! Esquece as fotos, os momentos, deixa que vá, deixa que te deixe pra trás. Queime dentro de ti as promessas, os 'te amo'. Deixe que morram afogados todos os apelidos malditos. Deixa... esquece. Destrua a saudade da primeira vez, da segunda, terceira, quarta...
Deixa morrer tudo que esta dentro. (...) Inclusive o brilho de dentro, do fundo dos olhos, o brilho dolorido que se via no último olhar. Deixa morrer, deixa apagar.
Depois de apagar toda memória, matar o coração, lembra disso; mesmo que tenha sido dito, infinitas vezes, 'eu não sei viver sem você' o tempo passa, mas nem passa tanto, e o coração sussurra pra si mesmo, 'mas você aprendeu, aprendeu a viver sem mim'.
Não é comigo, que você vai morar. Já tem outro lugar, e esta indo mesmo pra lá. Pra mim, acabou aqui.
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