sábado, 29 de dezembro de 2012




- Você não vai dirigir?
- Não, você vai.
Sorrindo como quem vai aprontar algo, ele entrou no meu carro e ajustou o banco, ao que me pareceu, no ultimo. Me acomodei ao seu lado, olhei pro lado, e eu pude enxergar na minha frente, tudo. tudo mesmo. Um braço apoiado na janela aberta - Num charme que não dá pra escrever, e o outro reto controlando milimetricamente a direção, porque nunca vi alguém dirigir tão bem. Não sei quanto tempo eu fiquei olhando, mas eu não queria nunca desviar o olhar. Ele era todo seguro. E era isso, tudo isso que eu sempre quis. Então a noite toda eu pedi a Deus, "que seja pra mim, que seja pra mim". Hoje, ao acordar eu senti o cheiro da rosa docíssima, que ganhei de ti, beijei-a, então nossos lábios se encontraram novamente. Sorri de orelha à orelha, esse era o segredo, se dar chances.



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